segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Sem Título - Bloco de Notas

Te vejo através de janelas. Muitas vezes embaçadas e cobertas por uma poeira que só o tempo trás, e deixa, vai deixando. Ainda te vejo por vitrais multicoloridos, enfeitados. Mosaicos de um tudo que se torna branco, como a mistura de tudo deve ser.
Queria te ver através de espelhos, pra entender melhor o que se passa. E o que te passa, o que quer que me passe, e vai me passar com o tempo. No fim, outras coisas passarão. Eu passo.
O que eu vivo é descontroladamente planejado. Como colocar os ingredientes numa panela sem medida, e no final tudo dar certo. Sem amarras até onde posso, até onde as próprias amarras deixam. E nunca me faço entender pra quem espera muito. Humildemente pretensiosa e prepotente. Mais objetiva do que queria ser reticente.
O que quer que seja que eu queira dizer, não será mais explicado. Subjetivamente, interpretativamente, coerentemente dito. Aceitável até onde for possível.

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